quarta-feira, 27 de maio de 2009

Cumprindo uma fase da etapa da Américas, a exposição Quilombolas acontece agora na cidade de La Paz, depois de ter passado por Assunção, Buenos Aires e Montevidéu. Em La Paz, a mostra será inaugurada dia 04 de junho, no MUSEF - Museo Nacional de Etnografía y Folklore -, e será encerrada no dia 28 de junho.

A mostra é composta de uma exposição que traz 27 fotografias preto-e-branco, no formato 50 cm x 75 cm; 7 fotografias panorâmicas, no formato 40 cm x 110 cm, 6 fotografias preto-e-branco 30 x 40 cm, 2 mapas, textos e legendas.

A documentação fotográfica inédita, realizada pelo fotógrafo documentarista André Cypriano em negativo convencional preto-e-branco, tratada digitalmente, é resultado da pesquisa de campo em 11 comunidades negras remanescentes dos quilombos no Brasil: Cafundó (São Paulo), Itamatatiua (Maranhão), Oriximiná (Pará), Kalunga (Goiás), Mocambo (Sergipe), Rio de Contas - Barra do Brumado (Bahia), Conceição dos Caetanos (Ceará), Tapuio (Piauí), Curiaú (Amapá), Mumbuca (Tocantins), Paraty (Rio de Janeiro).

A curadoria é de Denise Carvalho, produtora cultural e diretora da empresa realizadora do projeto, Aori Comunicação e Produções Culturais. O material faz parte do livro Quilombolas - Tradições e cultura da resistência, patrocinado pela Petrobras, com recursos da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.

No Brasil, a exposição teve patrocínio da Petrobras e da Companhia Vale e circulou por 15 cidades brasileiras, obtendo um enorme sucesso de mídia e de público: ( Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Brasília (DF - 2 vezes), Salvador (BA), Santos (SP), Campinas (SP), Paraty (RJ), Vitória (ES), Belém (PA - 2 vezes), Laranjeiras (SE), Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG) e São Luis (MA)).

Para o ano de 2009, já estão programadas mais 10 etapas da exposição no Brasil.

A Etapa Américas da mostra está circulando desde novembro de 2008 por países do Continente Americano. Em 2009 e 2010, com o patrocínio da Petrobras, será realizada do Uruguai ao México. Em 2010 e 2011 percorrerá, também, cidades dos Estados Unidos e Canadá.

A SEPPIR (Secretaria Especial de Políticas para Igualdade Racial do Palácio do Planalto) e a Fundação Cultural Palmares (Ministério da Cultura), patrocinarão as etapas de Quito e Caracas.

Além de divulgar a realidade das comunidades quilombolas brasileiras no exterior, a mostra da Etapa Américas tem como meta incentivar o diálogo entre as comunidades afro-descendentes de cada país por onde passa, dando-lhes visibilidade e enfatizando ao público suas demandas por reconhecimento e respeito social.

Em Assunção, os organizadores da mostra convidaram comunidades afro-descendentes paraguaias para um debate sobre as similaridades e diferenças entre as realidades dos dois países. O evento também contou com uma apresentação do Grupo de Dança e Música Kamba Kuá, cujo significado na Língua Guarani é buraco de preto >>CLIQUE PARA VER<<

Em Buenos Aires, no dia da abertura, ocorreu uma palestra proferida por André Cypriano e a apresentação do grupo Pocha La Madrid, afro-descendentes uruguaios radicados na Argentina.

No mesmo dia aconteceu um debate entre Mirian Gomes, presidente da Sociedade Cabo-Verdiana de Buenos Aires e Jandira Feghali, Secretaria Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro.

Em Montevidéu, o evento contou com a participação da ONG Mundo Afro, a maior organização uruguaia do gênero. Na abertura, aconteceu uma conferência com a participação de Marcio Silva, Coordenador do Instituto Superior de Formação Afro, que explanou sobre a realidade e cultura dos afro-descendentes no Uruguai.

Em seguida, houve a apresentação do candombe, dança típica afro-descendente uruguaia, a cargo de Edufocan (Educação Formal Candombera) e Ecma (Escola de Candombe Mundo Afro), e também, a apresentação do grupo de capoeira Macumbe.

Em La Paz, no dia da abertura da exposição, contaremos com a participação da organização FUNDAFRO, representada por seu presidente, Sr. Juan Angola Maconde, e do Viceministerio de Descolonização, representado por Monica Reys, ambos explanarão sobre a temática da exposição.

Após a conferência, o grupo de música afro-descendente, Orisabol, fará a apresentação cultural do evento. No dia 05 de junho está marcada uma palestra com o fotógrafo da exposição, André Cypriano, às 11 horas, no MUSEF.

Em todos os países, o projeto conta com o apoio local das Embaixadas do Brasil.

Local: MUSEF (Museo Nacional de Etnografía y Folklore)
Calle Ingavi, 916 - La Paz - Bolivia
Tel/Fax: (5912) 240-8640
www.musef.org.bo

Inauguração: Quinta-feira, 04 de junho de 2009, às 19:00.


FONTE:
FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES

8 comentários:

  1. muito boa a materia, conta muito sobre nossa cultura adorei....
    Parabens....

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  2. Cultura negra no Brasil e no resto do mundo

    Vindos de várias partes da África, os negros escravos trouxeram as suas diversas matrizes culturais que aqui sobreviveram e serviram como patamares de resistência social ao regime que os oprimia e queria transformá-los apenas em máquina de trabalho O Brasil tem que assumir a cultura de seu povo e, nesse caso, a cultura afro-americana. A cultura traz grande contribuição para os embates e o caos da sociedade de hoje. A cultura negra é profundamente ecológica, assim como a cultura indígena.Uma parcela significativa de nossa população é negra e sua cultura se enraizou e se mantém com grande vitalidade, expressando-se através de manifestações de caráter associativo, tanto no campo cultural quanto no social e religioso.
    Sabemos que ainda hoje, embora poucos admitam, ainda há discriminação em relação ao negro, que ocorre nos espaços informais e formais. Conseqüência disso é que o maior contingente de população favelada e mal remunerada é negra.
    Nosso país, entretanto, não pode se recusar a assumir a paternidade dos filhos pobres que tem gerado ilimitadamente, pois não haverá verdadeira humanidade e real democracia, enquanto povos estiverem mantidos marginalizados como ocorre aqui neste pais .
    A sociedade das classes dirigentes têm uma enorme dívida material e ética principalmente com os povos indígenas e a cultura negra. Pensando nisso EU peso a todos os que aqui estão lendo para que dão ênfase e interesse aos assuntos que falam a respeito de nossas culturas ,que são belas e maravilhosas não vou cita nossos trabalhos e também as nossas culturas de raízes porque senão eu ficaria um bom tempo escrevendo sobre o nosso povo . ficaria muito feliz se todos nos valorizasse aquilo que e de melhor em relação movimentos negros .


    As: jeovanny

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Obrigada pelas idéias e mensagens que aqui são sempre postadas,ficamos felizes em ver que entendem bem a idéia que a revista é NOSSA, e que todos NÓS de ALMAS NEGRAS a fazemos...

    Parabéns pelos conhecimentos, idéias e pesquisas feitas...

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  5. poww né adorei a materia liquinha nada como saber mais sobre nossa origem e tbm saber q ha pessoas super especias nos querendo transmitir essa energia positiva q só a raça negra tem , muito sucesso ai pra todos

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  6. Nossa cultura sendo valorizada como deve ser.

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  7. CARACASSSSSSSSSSSSSSSS LOUCO , EU NEM VEJO UM EVENTO DESSES AQUI. NOSSA GALERA LOUCO MESMO.

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