quinta-feira, 25 de março de 2010

Nesta SEXTA FEIRA 26/03 O DOLORES BAR PEGA FOGO MAIS UMA VEZ COM AS MELHORES MÚSICAS DA BLACK MUSIC.

DJ SPEED (RESIDENTE)
+ DJ GRAND MASTER NEY

DOLORES BAR
RUA FRADIQUE COUTINHO, 1007 - VILA MADALENA - SÃO PAULO
(11) 30313604 / (11) 38126519
O espetáculo "ENSAIO SOBRE CAROLINA" em cartaz no
Teatro de Anônimo-Fundição Progresso na Lapa - RIO DE JANEIRO,
poderá ser visto até 25 DE ABRIL .

Baseada no livro QUARTO DE DESPEJO, de Carolina Maria de Jesus, a peça trata do diário da autora, uma catadora de papel negra, semianalfabeta, pobre e favelada.
Todo o elenco da peça é composto por jovens atores negros, dirigidos pelo diretor José Fernando Azevedo, que mergulham fundo para interpretar a vida real do cotidiano de uma favela.

Um diário autobiográfico e um documento, ao mesmo tempo, histórico e contemporâneo, Ensaio sobre Carolina conta com o apoio da prefeitura de São Paulo, da Fundação Nacional de Arte - Funarte, do Ministério da Cultura, entre outros.
informações (21) 2524-0930 / 2240-2478
Sujeito a lotação da sala.Chegar com 30 minutos de antecedência

terça-feira, 23 de março de 2010

O mundo deveria caminhar em direção a igualdade; entre raça, entre sexos, entre seres humanos.
Editorial SoulBlack.Wear

Ao longo de nossa história, presenciamos incontáveis atos de crueldade, praticada por poderosas minorias contra a grande maioria desfavorecida, ou de povos inteiros contra pequenas minorias cujas forças para auto-defesa não eram suficientes... e assim povos inteiros foram dizimados, como nossas civilizações indígenas, povos foram escravizados, como os negros africanos, e subjugados por “culturas dominantes. Simplesmente porque alguém decidiu que isso era bom.

Não obstante, temos marcado em nossa história, como humanos, inumeráveis atos de barbaridades culturais, onde muitos de nossos irmãos foram obrigados, pro inúmeras pressões, a aderirem a traços culturais que em nada se identificavam para continuarem vivos, como se o direito a existir fosse condicionado à concordância, à subserviência. Sobre esses assuntos podemos facilmente lembrar das inquisições realizadas pela igreja católica, não a muito tempo atrás, para exterminar da terra todos os que eram contrários á suas doutrinas.
Pois bem, de uma forma não muito distinta, temos uma marcha ao extermínio decretada contra uma parte de nosso povo, os homossexuais!
Este grupo em particular, vem lutando por igualdade e ganhando respeito na mídia em todas as partes do globo no decorrer dos anos recentes, e esta luta é bem similar a luta que negros e mulheres travaram e travam ainda hoje, por direitos básicos. Muitos devem se lembrar que a alguns anos, a presença de negros e mulheres em eleições era algo inconcebível. E não muito longe de nós, em alguns paises quase vizinhos, negros e brancos não poderiam estar no mesmo recinto, em função da superioridade de uma dessas raças citadas, lógico; no ponto de vista dela mesma.

Pois bem, o mundo evoluiu e em meio a esta marcha de progresso, os homossexuais se manifestaram em prol de seus direitos básicos, como o direito de expressão afetiva, ou como preferirem, casamento. E de defesa do patrimônio adquirido (grandes alvos das propostas de mudanças legislativas em andamento no congresso brasileiro e mundial ).
O mais irônico é que estes direitos já lhe são assegurados por lei enquanto cidadãos, entretanto lhes são negados abruptamente uma vez que seja observada sua homossexualidade, irônico não?
Quando você veta alguém pelo simples fato de ser quem é, é a mensagem acima que você envia à sociedade! E não difícil prever os efeitos colaterais das mesmas.
Desde que os projetos de mudança para assegurar estes direitos a este grupo, começaram a ser discutidos nacionalmente e mundialmente, incontáveis atos de selvageria vem sendo cometidos contra homossexuais, não que estes não ocorressem antes, obviamente este quadro já existia anteriormente a esta discussão. Entretanto é notório que temos um aumento significativo na “expressão desse ódio” que somado a manifestação de várias entidades religiosas contrarias a regulamentação desses direitos, afeta diretamente a nossa sociedade, de forma negativa, dando a impressão que estamos retrocedendo na luta pela igualdade.


QUANDO UM GRUPO PEDE QUE SEUS DIREITOS BÁSICOS, COMO O DIREITO DE EXISTIR, SEJA RESPEITADO – em hipótese nenhuma esta sendo cogitado que o direito de outros grupos seja cancelado, ou diminuído. É completamente sem fundamento pensar assim – seria tão absurdo quando imaginar que a partir do momento que João pudesse se casar com Pedro, nunca mais Maria pudesse se casar com Douglas e assim sucessivamente, estamos falando de assegurar o direito de propriedade de bens e todos os demais benefícios sociais que o casamento legal, traz para aqueles que dividem o mesmo teto. E essa segurança é o básico que uma sociedade pode garantir para seus cidadãos. Não estamos discutindo aqui é achamos correto ou não, ou se achamos positivo ou não, ou se acreditamos ser correto ou não – estamos falando em ser correto dar o direito de cada cidadão administrar a sua vida como achar mais apropriado. Simplesmente porque ESTE DIREITO, HETEROSEXUAIS JÁ TEM. Eu, que vos escrevo este texto, gostaria muito de frisar, com grande caridade e respeito no coração para com meus irmãos de outras religiões que, o grande motivador do ódio por este grupo, pelos homossexuais, é sem duvida os princípios religiosos que muitos carregam consigo. É obvio que cada um tem o direito de expressar sua fé e viver segundo ela, mas é justamente isso, cada um tem esse direito e, TODOS tem esse direito, e este mesmo direito não nos dá o direito de prejudicar a vida de quem quer que seja, ou ate mesmo “incentivar” atentados contra a vida de outros, pelo fato destes outros pensarem diferente de nós... Eu chamaria isso de “terrorismo cultural” – o que infelizmente não é uma novidade em si tratando de assuntos religiosos – como eu disse, o que vou registrar a seguir, digo com pesar, caridade e respeito, perante todos os irmãos de outras religiões mas, é preciso lembrar, que a religião cristã em sua conjectura como um todo, discorda da pratica e postura homossexual, o que é fato, porem essa discordância não tem parado simplesmente na esfera das opiniões, ela tem partido para outros campos, de forma vergonhosa.

Particularmente eu gostaria de frisar a postura do líder do catolicismo romano, o Papa Bento XVI que vem repetidamente em suas declarações contrarias a defesa dos direitos dos homossexuais, demonstrando uma sutil e continua expressão homofóbica, o que vem causando reflexos terríveis em paises cuja cultura católica é mais perceptível – infelizmente o Brasil esta nesta lista – em declarações recentes o líder afirmou que homossexuais são uma “doentes”, ou mesmo uma “aberrações” declarando abertamente que não apoiaria a luta pela defesa desses direitos. E em nenhum momento a igreja se posiciona sobre os incontáveis gestos de brutalidade para com esses seres humanos e os crimes bizarros cometidos contra eles, passando-se como cega no meio dessa verdadeira guerra social, e quase imperceptivelmente demonstrando de qual lado ela esta, uma vez que o silencio sempre toma seu partido !

Todo esse comentário, foi tecido única e exclusivamente para lembrar a todos nós que durante todo o período das colonizações este mesmo grupo religioso, tratava a nós negros como animais, desprovidos de alma, indignos de receber as benções de Deus, passiveis de aprisionamento e de toda sorte de sofrimento que advinha com essa escravidão. À nós negros, era proibido toda e qualquer forma de expressão de nossas religiões originais, tidas também como abominações, como heresias contra “Deus” e como falhas dignas de morte, alias “matar um negrinho” nem era considerado pecado ou crime, segundo a opinião católica desse período.

É LAMENTAVEL OBSERVARMOS QUE A POSTURA CONTINUA A MESMA, O QUE MUDOU FOI APENAS O ALVO.

Independente de nossa opinião, as pessoas merecem respeito e merecem ser tratadas como iguais, pois é isso que nós desejamos para nós mesmos.

O mundo mudou e gradativamente nós, negros, fomos ganhando espaço, respeito e voz, embora nos falte muito, temos a noção de nossos direitos e contra nós a religião não tem mais nenhum poder, não nos causa danos, mas se abrirmos os olhos, os efeitos da opinião religiosa ainda estão ai fora matando membros de nossa sociedade, membros de nossas famílias. Ontem fomos nós, hoje são os homossexuais e amanhã ?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Destacando-se no cenário paulista como uma das referencias em baladas estilizadas; REY CASTRO CUBAN BAR oferece a seus freqüentadores o melhor que a noite paulista tem para dar. A casa conta com uma programação musical típica latina ao vivo. Além lógico da noite temática Black que acontece no espaço Rey Castro em SÃO BERNARDO DO CAMPO.
Veja abaixo mais detalhes sobre a programação REY CASTRO CUBAN BAR.

PROGRAMAÇÃO SÃO BERNANDO DO CAMPO
QUINTAS BLACK
18/03
Kelly Moorre - Interpretando classicos do soul,funk e R&b

SÃO BERNARDO DO CAMPO
Av Antártico 90
Jd do mar
(11) 3045-7399


PROGRAMAÇÃO SÃO PAULO
QUINTAS
Casa aberta a partir das 19h00
Show de ESPIRITO CIGANO a partir das 11h30

SEXTAS
Casa aberta a partir das 19h00
Show da BANDA LATIN LOVERS a partir das 11h30

SABADOS
Casa aberta a partir das 19h00
Show da BANDA OFININA LATINA a partir das 11h30
Programa Completo e maiores informações clique aqui
Para checar Lista de Descontos Tel: (11) 3842-5279
Rei Castro Cuban Bar:
R. Ministro Jesuíno Cardoso,181 - Vila Olímpia - São Paulo - SP
Tel: (11) 3842-5279
SITE OFICIAL
Esse mês a REVISTA RAÇA BRASIL preparou uma edição recheada de axé e Bahia ! Margareth Menezes estampa a capa da edição com sua história de garra, musicalidade e consciência. A edição também conta com matérias incríveis sobre "BLAXPLOITATION" e a explosão NEGRA no cinema nacional além claro, do melhor conteudo sobre moda e comportamento.

Corra até a banca mais próxima e confira !

terça-feira, 16 de março de 2010

Cultura POP, Arte, Educação, Moda – TUDO ! . Nas próximas semanas a SOULBLACK.wear irá eleger . AS 10 MAIS INFLUENTES PERSONALIDADES NEGRAS . no cenário cultural brasileiro ! .
Contando, lógico, um pouquinho da história de cada uma das “escolhas”.

FIQUEM LIGADOS !

quarta-feira, 10 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Ruan Ferrari é natural de Salvador, Bahia. Moreno com seus olhos ligeiramente esverdeados, do alto dos seus um metro e oitenta centímetros, esbanja talento e sensualidade, evidenciando seu corpo escultural, nas passarelas e concursos de beleza masculina na capital soteropolitana.

Com vinte e dois anos de idade e menos de dois de carreira, Ruan participou de concursos de beleza Teen em sua cidade natal, quando foi descoberto acidentalmente. Figurando em seguida, um desfile em 2008 para marca Baiana de Marcelo Moura. A partir daí convites começaram a surgir e o bahiano de curvas perfeitas não parou mais, ganhou o concurso Mister Boy, ficou na segunda posição no Garoto Bahia e em terceiro no premio Best Boy, concurso que elege o mais belo garoto de Salvador. Além de desfiles para grifes locais.

Ruan mantêm o sonho de ingressar no futuro na polícia civil e desenvolver uma carreira sólida na corporação. Também cogita a possibilidade de cursar superior em nutrição, “cuidar do corpo, desde a alimentação ate uma vida saudável, sempre foi uma paixão” – dispara o baiano. Paralelo a estes sonhos ele não descarta a possibilidade de continuar modelando enquanto galga os degraus do seu objetivo maior.

Contatos & Eventos - 71"" 81809997 / 32119733
david.532@hotmail.com
O Lema de Ruan Ferrari - “Se eu tivesse o mundo aos meus pés e não tivesse amor, eu nada seria!”

segunda-feira, 8 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER
"É fundamental repensar a sociedade de uma forma possível, fundamentada em novos valores e num novo prisma onde a tolerância e novos conceitos caminhem harmoniosamente em direção a igualdade para todos".


Mulheres Negras: reflexões sobre identidade e resistência
Nos estudos sobre gênero uma das tendências atuais mais promissoras indica que devemos pensar o feminino não como uma essência natural, mas como sendo constituído em consonância com uma estrutura que só pode ser compreendida se for contextualizada e se forem consideradas outras categorias classificatórias como classe, raça e etnia.
[ . . . ]
Segundo Judith Butler (2003: 20) “...se tornou impossível separar a noção de “gênero” das intersecções políticas e culturais em que invariavelmente ela é produzida e mantida.”
Em razão disso, uma das maneiras de compreendermos a situação da mulher negra no Brasil é nos orientarmos através dos indicadores que apontam para a sua condição sócio-econômica e ocupacional.
A observação da existência de desigualdade racial no mercado de trabalho pode ser comprovada através de dados do DIEESE, entre outros órgãos de pesquisa. Como já é mais do que sabido, os efeitos do preconceito no mercado de trabalho penalizam indivíduos negros que, em consequência, recebem rendimentos inferiores aos dos brancos.
[ . . . ]
Quando estudamos a relação gênero e raça, percebemos que o homem negro ocupa um patamar abaixo do da mulher branca quanto ao rendimento salarial. Mas as mulheres negras se encontram ainda mais abaixo na pirâmide ocupacional: recebem os menores salários mesmo que em muitos casos ocupem a chefia de sua família”
Rosangela Rosa Praxedes
FONTE

quinta-feira, 4 de março de 2010


A ARTE CENICA NUMA PERSPECTIVA AFRO-BRASILEIRA


Nascido em São Paulo e criado em Mogi das Cruzes o Ator Henrique Nogueira conheceu as artes cênicas cedo, ainda no ensino médio, nas aulas de educação artística da Escola Pedro Malozze. No ultimo ano do colegial o interprete participa do FESTEM ( Festival de Teatro Estudantil de Mogi das Cruzes ) com a peça “O CAVALINHO AZUL”, de Maria Clara Machado, ocasião em que seu grupo ganha os prêmios de melhor adaptação, 2º melhor espetáculo, e premio de ator destaque – para Henrique Nogueira, que no espetáculo, interpretou dois personagens “O Palhaço” e “A Velha que viu” – momento de grande emoção em sua carreira, pois foi o símbolo de um longo caminho a ser seguido, como uma seta apontando o futuro. Formado em Técnico em Arte Dramática com a 14ª turma pelo SENAC-SP em 2009 e antes disso em 2007, graduado como Tecnólogo em Gestão de Relações Humanas pela Universidade Braz Cubas. Pois como ele gosta de citar, sua mãe sempre o aconselhou a ter em vista uma carreira sólida, “fazendo antes algo que lhe desse condições de pagar as contas e subsidio para os estudos de artes cênicas até o dia em que a arte possa retribuir a gentileza”
Antes de formar-se como ator pelo SENAC, Henrique realizou diversas oficinas teatrais e por 5 anos esteve atuando ao lado do grupo TEM ( Teatro Experimental Mogiano ) que em 2010 completa 45 anos de existência.


Estas são as montagens e atuações mais recentes de Henrique Nogueira


Peça Teatral: Baal de Brecht
Personagem: Pastor

Peça Teatral: Alma Boa de Setsuan de Brecht
Personagem: Passante e ChuFu

Peça Teatral: Por Enquanto baseado em contos de Lygia Fagundes Telles
Personagem: Miguel do conto Os Objetos



ENTREVISTA com HENRIQUE NOGUEIRA


SB.Como o teatro afeta a sua vida?
HN.O teatro me ajudou a superar a timidez, e melhorou minha postura e a cada trabalho percebo um novo aprendizado....

SB.Quais foram as atuações que mais marcaram sua carreira?
HN.Eu gosto de uma que fiz em 2003 para um festival estudantil, porque esse momento é especial para mim, era um palhaço, da peça o Cavalinho Azul, de Maria Clara Machado. E o mais recente que foi Miguel de “Os Objetos” de Lygia Fagundes Telles, ele é esquizofrênico....


SB.Como você define um bom ator?
HN.Uau! essa é uma boa pergunta,,,,quando ele consegue se transformar....um exemplo é Matheus Nachtergaele.


SB.Como você percebe a presença negra hoje no cenário dramatúrgico brasileiro?
HN.As coisas estão caminhando, esses dias eu li um edital que priorizava trabalhos da Cultura afro...mas a dificuldade do negro está em todos os campos profissionais, no teatro não é diferente....

SB.No cinema americano por exemplo, já é comum vermos filmes e seriados com foco em personagens negros, feitos e direcionados para negros, no Brasil, essa realidade ainda não existe, Como voce enxerga essa “demora” em termos os negros também em primeiros plano no cenário artístico nacional ?
HN.Eu sempre digo que o buraco é mais embaixo, hoje quantos negros tem acesso à arte? E quantos negros tem a oportunidade de se profissionalizar?

SB.Quais são os atores que você considera como inspiração para seu trabalho?
HN.Essa é uma pergunta que vai envolver nomes, não só pelo talento mas também pela forma com que eles administram as suas carreiras: Toni Ramos, Lazaro Ramos, Thais Araújo, Matheus Nachtergaele, e como gosto muito de cinema americano, Will Smith, Heath Ledger, Johnny Deep.....
Atualmente Henrique Nogueira e a também atriz Sheila Dourado estão num processo de adaptação do conto “OS OBJETOS” para montagem de uma peça. Além disso o Ator também esta se profissionalizando em Dublagem pela Universidade de Dublagem de São Paulo.



Contatos & Eventos 11““ 7437.8773
henriquenc@terra.com.br

quarta-feira, 3 de março de 2010

Um exímio compositor e dono de uma das mais belas vozes do Brasil, Milton Nascimento é um dos destaques da música popular brasileira.

Despontou em meados de 60, quando foi classificado no II Festival da Canção, da Rede Globo, com as músicas "Travessia", "Morro Velho" e "Maria, Minha Fé". Percorreu uma trajetória que conta hoje com 29 discos, inúmeros shows pelo Brasil e pelo mundo e parcerias com músicos como Wayne Shorter, Pat Metheny, Peter Gabriel, Gal Costa, Carlinhos Brown, Gilberto Gil e Elis Regina. Conquistou o Oscar da música popular norte-americana, o Grammy, em 1998, com o álbum Nascimento (1997). Sua música, definida por ele mesmo como world music, é um sincretimo de estilos, onde mistura jazz, blues, rock e música latina, e temas, como sua terra, Minas Gerais, a negritude e o cristianismo.
Carioca de nascimento, filho de uma empregada doméstica, foi adotado e mudou-se, com 1 ano, para Três Pontas. Suas primeiras notas musicais foram tiradas de um acordeão, que ganhou de aniversário. Vieram depois o violão e o piano. Adolescente, ao mesmo tempo que trabalhava como disk-jockey, locutor e diretor na Rádio Três Pontas, formou o conjunto Luar de Prata, que contava com a presença do maestro Wagner Tiso. Nos anos de 1963 e 1964, cantando nas madrugadas como crooner, surgiu o grupo W’s Boys, formado por Tiso e seus irmãos: Waltinho, Wilson e Wanderley. Em Belo Horizonte, para onde se mudou em 1963, para prestar o vestibular para Economia, tocando com a banda Berimbau Trio, ainda com Tiso, tornou-se amigo de Lô Borges e de Beto Guedes e dos poetas Márcio Borges e Fernando Brant, que marcariam o início dos anos de 1970 com o exuberante Clube da Esquina.
Mudando-se para São Paulo, em 1966, conheceu Elis Regina, que gravou sua primeira música, Canção do Sal. Em 1967, foi a vez do Festival da Canção, quando ganhou o prêmio de melhor intérprete por Travessia (parceria com Fernando Brant). A seguir, excursionou pelos Estados Unidos, onde gravou Courage (1968). Ao voltar, lançou o álbum duplo Clube da Esquina (1972) e um de seus maiores sucessos nacionais: "Milagre dos Peixes" (1974), um disco com orquestra. Seguiram-se, entre outros, "Native Dancer" (1975), "Minas" (1975), "Geraes" (1976), "Clube da Esquina nº 2" (1978), "Yauaretê" (1990), "Txai"(1990), "Ângelus "(1993), "Amigos" (1995) e "Crooner" (1999).